![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFek9wLIarEwkXriNDSNrTou7h48WNaBFr20g50fi65ozeSOqDQQ4kjatMFGVxBcHkcqhNFvEFVCZbrF2yeZ4-E7wMGMT_asawPA0v_PUkQ1kyfwT6wA80voo8wgd75MoKGNt3nqoBU_w/s1600/tumblr_m6hjh1aKI81qk3frao1_500.jpg)
- Mas, eu te amo. Sempre vou amar. – você falou com a
expressão séria.
Aquela conversa já estava me deixando aflita. Faziam
alguns minutos que você tentava demonstrar seu arrependimento e eu só conseguia
dizer que as coisas entre nós nunca iriam voltar a serem o que eram antes.
Antes de alguns beijos. Antes das três palavras. Antes das idas e vindas
constantes. Antes de você decidir ficar sozinho. Antes de você me tirar
completamente da sua vida sem motivo aparente. Antes de você me esquecer.
Eu decidi não responder. Depois de algum tempo, soltei um
risinho tímido e murmurei baixinho:
- Essa era a minha favorita.
Você me encarou, parecendo incomodado:
- Eu não acredito que você consegue rir em uma situação
como essa. Eu acabou de me declarar e... Sua favorita?
Não é como se eu não sentisse a sua falta. Eu sentia. É
como se eu achasse graça de não conseguir mais te levar a sério.
- De todas as suas mentiras “eu te amo” era a minha
favorita. E se você parar pra pensar a nossa situação atual é bastante
engraçada. Daria até uma comédia romântica. Talvez um tanto dramática, mas
romântica. A diferença é que se estivéssemos num filme eu, de fato, acreditaria
em cada palavra sua. E mesmo querendo, eu não acredito em sequer uma frase que
você já me disse.
Você me olhou incrédulo. E agora, que eu já havia
começado, eu iria terminar de dizer tudo aquilo que eu nunca te disse.
- Não me olhe como se nada disso fizesse sentido. Quantas
vezes você fez com que eu me sentisse péssima e depois veio com esse sorriso me
dizer que precisava que eu estivesse na sua vida de novo? Quantas vezes eu
apaguei da minha mente todas as suas falhas e te acolhi como se você nunca
tivesse me feito chorar? – Você permaneceu quieto – Eu sei, são tantas que você
não consegue se lembrar de todas. Mas, sabe o que eu realmente acho?
Você inclinou a cabeça como se pedisse uma resposta.
- Que cansei de coisas temporárias, instáveis. Que nós
passamos tanto tempo tentando consertar os erros que nem nos lembramos mais de
como as coisas eram antes. Que você tem mania de mim e eu de você. E que mania
não é o mesmo que amor.
- Mas, eu voltei. Voltei porque te amo. E dessa vez...
- Nada vai ser diferente. Afinal, nos somos os mesmos. E você,
nunca volta. Pelo menos não pra ficar.
- Sei que você está confusa, mas as coisas entre nós
nunca foram claras, você só precisa pensar e eu sei que vai entender que nós
fomos feitos um pro outro. - Continuou ele me puxando pra perto.
- Eu não estou confusa. A verdade é que só volta pra a gente, aquilo que realmente nunca quis partir. E você sempre quer.